tag:blogger.com,1999:blog-6204608509392505272024-02-21T00:43:07.709-03:00BLOG DO FELICIOBLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-64995742995602802362010-04-24T17:06:00.002-03:002010-04-24T17:09:27.753-03:00<span style="font-size:180%;"><span style="font-family: arial;">Ao passo que caminho</span><br /><span style="font-family: arial;">ultrapasso os limites da<br />verdade<br />um ponto escuro na alma<br />um canto obscuro<br /><br />(em compasso de espera<br />contemplo as estações<br />verão, outono, inverno<br />antes, a primavera)<br /><br />os dias passam<br />as horas<br />os minutos<br />segundos<br />a eternidade não<br />é passiva<br />estagnada<br />é tudo<br />é nada<br />reflexo da minha ausência<br />espelho de minha alma<br />parada no tempo.<br /></span></span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-40895183572919089492009-10-21T10:32:00.004-02:002009-10-22T15:42:16.255-02:00UM<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg87J8VUH9P0BJen6Q0oFTe2jg0rqqnqsuPyFbhn11-QxpRgPyyxS3Z6DQrCrIV_YMn46g0C2Viuze-5bwHT_8S1ZmUKldyaWkdGyIrcI4RH6ZmU7W1uBwmqH2eKHsJk1dIGLWauIkoN8c/s1600-h/Mar.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 239px; height: 179px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg87J8VUH9P0BJen6Q0oFTe2jg0rqqnqsuPyFbhn11-QxpRgPyyxS3Z6DQrCrIV_YMn46g0C2Viuze-5bwHT_8S1ZmUKldyaWkdGyIrcI4RH6ZmU7W1uBwmqH2eKHsJk1dIGLWauIkoN8c/s320/Mar.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395035053479918978" border="0" /></a><span style="font-size:130%;"> <span style="font-family:arial;">- Um, dois, três...ele disse.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Uns pingos, umas gotas, invadiram o ambiente.</span> <span style="font-family:arial;"> <br /><br /> - Um, dois, três...ela disse.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Nenhum pingo, nenhuma gota.<br /></span><br /> <span style="font-family:arial;">- Quantas portas terei que fechar, quantas janelas terei que cerrar para que você entenda que as tempestades podem vir a qualquer momento?</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Lá fora o mar continua impassível, com as ondas lambendo a areia num vai e vem infitino. Apesar do movimento intenso da maré, está muito calmo.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Tudo é muito bonito por aqui. A paisagem exuberante esconde segredos, restos de fantasia. Quando a noite cai, o cheiro da maresia fica mais forte, um abafado morno que gruda nas narinas e faz recordar outras praias, mares distantes, guardados nos recônditos da memória. Como um retrato em preto e branco, já desbotado, um clima de ausência, silenciosa solidão.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;"> - Não tem mais jeito, você não aprende nunca!</span><br /> <span style="font-family:arial;">- Não mude de assunto, estamos falando de portas e janelas.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Quando construiram a casa quiseram tudo muito aberto, portas e janelas amplas, varanda circundando a casa, uma clarabóia para deixar entrar a luz natural. Agora ela quer tudo fechado. Perdeu aquela confiança que tinha no tempo firme, ensolarado, nas noites pontilhadas de estrelas, da lua que rasgava o céu sem medo.<br /><br /></span> <span style="font-family:arial;">Da varanda ela observava as constelações, tentava ver os signos no céu, identificar o movimento das estrelas, ver nelas, as mudanças de estaçao, e durante as tardes quentes, o solstício e o equinócio. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Ele não sabe ao certo o que aconteceu. Porque essa teimosia enclausurada.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Ontem ela acordou e disse que precisava ir até uma serraria. Queria comprar tábuas para pregar nas portas e janelas. Jogou uma lona preta por cima da clarabóia.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;">- Acho que o que está apagando é a sua luz interior...<br /><br /><br /></span> </span><!--EndFragment-->BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-43489571998695460882009-06-25T15:14:00.003-03:002009-10-22T15:42:43.533-02:00MINI CONTOS URBANOS – VI<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR78jclTyJW_BESACm1g7mp-I_kSCiIK7v_MAkBM8pXKPFmGCfbvIVo3eHBpFL6qkuX-vsi_n2tEN-RtyQaX8yvUi1wXr8mIZ3BAyFA_qmGE7IQQ5Di26Px_3L976ICEG7-T_p1oQNSzU/s1600-h/Enforcado.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 170px; height: 309px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR78jclTyJW_BESACm1g7mp-I_kSCiIK7v_MAkBM8pXKPFmGCfbvIVo3eHBpFL6qkuX-vsi_n2tEN-RtyQaX8yvUi1wXr8mIZ3BAyFA_qmGE7IQQ5Di26Px_3L976ICEG7-T_p1oQNSzU/s320/Enforcado.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5351330750007853250" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >Enforcado</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />O dia transcorria normalmente. No cruzamento mais famoso da grande metrópole, a fauna se movimentava com rapidez e sofreguidão. Cada qual com seus anjos e demônios, cada qual com seus devaneios.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;">A São João com a Ipiranga sempre foi um mar de gente e continuará sendo por muito tempo. O estranho é que existe um certo fascínio naquele movimento todo, nas pessoas que insistem em atravessar de um lado para o outro, mesmo sem saber para aonde estão indo. “O caminho se faz à medida que se caminha”. O destino é incerto mas a esquina é mais do que certa.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;">Frases soltas no ar, aqui e ali:</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />- Vou almoçar hoje no Bar Brahma, faz muito tempo que não vou lá…<br /><br /></span><span style="font-family:arial;">- Essa merda de trânsito ainda vai me deixar louco…</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">- Se ela me abandonar de vez…..bom, vou tomar um suco na do outro lado da esquina…</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Naquele burburinho todo, de repente me vi dependurado por um dos pés bem no meio da São João com a Ipiranga. Era eu mesmo, de ponta-cabeça olhando tudo aquilo pelo avesso! </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Alguma coisa acontece no meu coração - parafraseando a música que imortalizou o local - meus batimentos cardíacos estão bem acima do que é considerado normal. Estou agitado. Esta visão distorcida da realidade me deixa nervoso. Imobilizado, preso por um dos pés, como em uma carta do Tarô inverossímil, que me faz refletir sobre minha visão do mundo. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Para aonde devo olhar? O que realmente eu quero ver? O mundo virou de ponta-cabeça ou será que sou eu que quero inverter as coisas? </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Tenho o resto do corpo livre, uma das pernas, as mãos, o tronco, a cabeça, a mente, o espírito. A corda que me prende é a mesma que me liberta. As pessoas passam por mim como se eu não estivesse lá. A pressa geralmente cega. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Permaneço o dia todo nesta posição incômoda, afinal ser enforcado não é nada agradável. Sempre dá um nó na garganta.<br /><br /><br /></span> </span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-20671605586514316212009-06-24T17:36:00.003-03:002009-06-24T17:44:20.027-03:00BEIRUT - GULAG ORKESTAR<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzsPun_kytUGSi3XB0MS8r0AlH1bisJNwWxWi4OucsZGPcAUWBYdwfemMfFapBkOxozBoklbjuyOgtbYUaz5Ih_BG2HXI7hU7upxXbbNrlya7LXABnk2ZQ6vr3qjysMQnTngYMtum7lto/s1600-h/Beirut_gulag_orkestar_WS.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 245px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzsPun_kytUGSi3XB0MS8r0AlH1bisJNwWxWi4OucsZGPcAUWBYdwfemMfFapBkOxozBoklbjuyOgtbYUaz5Ih_BG2HXI7hU7upxXbbNrlya7LXABnk2ZQ6vr3qjysMQnTngYMtum7lto/s320/Beirut_gulag_orkestar_WS.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5350997114356374978" border="0" /></a><br /><span style="font-family:arial;font-size:130%;">O som não é tão recente, mas para os meus ouvidos e meus sentidos, sim. Ainda não conhecia o trabalho desta banda que, ao contrário do que sugere o nome, é americana e o seu vocalista, Zach Condon’s vive em Brooklyn, Nova Iorque. O disco traz as influências que Zach sofreu da música dos balcãs e da música cigana. O resultado é inquietante. É uma espécie de folk cigano mas que reúne uma série de influências – ou referencias. Podemos perceber ali traços de um Morrissey, do The Cure ou até mesmo de Antony & The Johnsons e uma certa melancolia que causa bastante estranheza, somada a instrumentos não convencionais no mundo pop. Estas misturas me atraem bastante, como é o caso o irrequieto André Abujamra e seu Karnak, cheio de referencias, não preso a um estilo ou ao padrão rígido das gravadoras. Vale a pena ouvir as tessituras musicais propostas por esta banda, ajudam a limpar dos ouvidos o “lugar comum” que estamos acostumados a encontrar todos os dias no dial. </span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-28479994804583893022009-06-24T17:26:00.004-03:002009-06-24T17:36:09.919-03:00MINI CONTOS URBANOS – V<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8XIuExtEyRl2ODqYbwen_zps7bneWTe_xRncb82Vsn41xgCZ1rnCi9BEz-VZm_9i054pZQ8N2jI8H14aas-yPkPRnkwshuyZzk2mTLmpxFgYq6kBiLKq2zBpilmXMnoAyNzYKlHUiEbA/s1600-h/estampa_batera_full.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8XIuExtEyRl2ODqYbwen_zps7bneWTe_xRncb82Vsn41xgCZ1rnCi9BEz-VZm_9i054pZQ8N2jI8H14aas-yPkPRnkwshuyZzk2mTLmpxFgYq6kBiLKq2zBpilmXMnoAyNzYKlHUiEbA/s320/estampa_batera_full.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5350994156952426658" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >Baterista</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />A manhã começa a tomar forma com os primeiros raios de sol saindo entre os prédios. A grama ainda tem em seu leito gotas do orvalho da noite. O ar é frio, o parque ainda está despertando. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Os passos são curtos, apressados. Os braços agitam no ar as baquetas, batidas vertiginosas que estrondam no silêncio do parque. Ninguém ouve, a reverberação ecoa em silêncio. O chimbal, os pratos, a caixa, o tom, o surdo estão soando no imaginário dele. Ele castiga as peles enquanto anda. Vai improvisando as batidas ao ritmo do rufar do seu coração.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />O baterista anda pelo parque e leva com ele todos os ritmos. Onomatopéias sonoras vão se formando em sua cabeça e na cabeça dos outros freqüentadores do parque que cruzam quase todos os dias com aquela cena insólita. Tudo vibra claro e límpido no campo das possibilidades.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Seus passos se apressam enquanto dita o ritmo com as baquetas. Vai contornando as alamedas do parque, absorto em seu improviso. Houve-se um bolero ao longe.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;">…Sentindo um frio em minh’ alma…</span> <span style="font-family:arial;"><br />….meu coração traiçoeiro, batia mais que o bongô… </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Ele não perde o ritmo, segue impassível buscando um rock, um pop, um reggae, uma jazz session, algo para soar com energia no meio da metrópole que já começa a se congestionar. Buzinas, motores, apitos, freadas, tudo se mistura em um grande zumbido. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />A poluição sonora aumenta à medida que a manhã avança. Mas o baterista não tem muito tempo. Seu treino rítmico aeróbico tem hora para terminar. Os sons repercutidos vão perdendo a intensidade. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />O parque está entregue novamente aos pássaros e aos diálogos soltos das pessoas que caminham buscando uma qualidade de vida melhor no caos da metrópole. O baterista sai de cena. Vai para casa, para o trabalho, preparar uma sessão rítmica em outra banda, em outra orquestra.<br /><br />Na partitura da metrópole surge uma pausa.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;">Silêncio. </span> </span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-16743288883887248762009-06-09T15:22:00.005-03:002009-06-24T17:45:30.366-03:00SIM, HÁ ESPERANZA.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQCMqvtTgwo2fYAvVbPhYpGWTppAttUmDv4WoY1IoVb1sxNpcnG2yh7U7ySyC7xJPiA1RpxZKAOb2ObCGcpqxbi38GOCXMdHsAA2xlScOhCOjQdeenfCHs-d1zZdhEDyMU8v-9VYyAfyw/s1600-h/080724_assuntododia.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 371px; height: 144px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQCMqvtTgwo2fYAvVbPhYpGWTppAttUmDv4WoY1IoVb1sxNpcnG2yh7U7ySyC7xJPiA1RpxZKAOb2ObCGcpqxbi38GOCXMdHsAA2xlScOhCOjQdeenfCHs-d1zZdhEDyMU8v-9VYyAfyw/s320/080724_assuntododia.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345395230501681410" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:arial;">Ontem tive a sorte de ganhar um par de ingressos para assistir ao show de um dos grandes nomes do jazz e do rhythm and blues, uma pessoa que dispensa apresentação, do alto de seus 66 anos de idade. George Benson estava lá com a sua elegância, simpatia e a voz macia, aveludada, e nesta noite mais impostada, para interpretar outro monstro da canção americana, Nat King Cole. Mais de 30 músicos no palco, coral e belas interpretações. É claro que no final do show tivemos a Benson’s Party, onde ele desfiou seus maiores sucessos, mostrando todo o seu talento e virtuose, um ofício que ele começou a aprender precocemente, desde os 10 anos de idade, quando lançou seu primeiro álbum.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Mas antes de Mr. Benson, tivemos Esperanza Spalding. Magrinha, espevitada, com nome sugestivo, dona de uma voz potente e suingada, com um contrabaixo acústico bem maior que ela, Esperanza dominou a cena, abrindo o show para George Benson com simpatia, e muito, muito talento, passeando com desenvoltura por sonoridades que remetem a gêneros como o bolero, o suingue, blues, o soul e a MPB. Aliás ela é fã de MPB e Bossa Nova. A influência da música brasileira é bastante clara em sua obra. Além de cantar em português, arranha um pouco do idioma.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Com seus músicos afinadíssimos, nos brindou com uma versão meio jazzística, meio samba, de Ponta de Areia de Milton Nascimento. Quase sem sotaque, Esperanza mostra que estudou bem a canção bem como a maneira que nossos interpretes usam a voz. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Nascida em Portland, do estado de Oregon, Esperanza começou a tocar violino aos cinco anos de idade. Dez anos depois ela já entrava no mundo profissional da música, se apresentando em clubes da cidade como baixista ou vocalista em bandas de jazz e um grupo de música fusion. Com apenas 24 anos, Esperanza é uma das maiores revelações do jazz e por seu talento deve fazer história. Cantora, contrabaixista e compositora, canta em inglês, espanhol e português e consegue se destacar em um meio quase exclusivo dos homens, com suas composições próprias e seu baixo, que já acompanhou nomes como Pat Metheny e Joe Lovano. Vale a pena ver e ouvir.</span> </span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-6414295181325835952009-05-22T11:26:00.008-03:002009-05-22T11:49:04.985-03:00MINI CONTOS URBANOS - IV<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhAG7tRN2VH_yYonkzh3yrV9FSSSynRLw1Wmz8kZFhgQlViUp_X2K-AjLe-xVEg_1bZ6MkTArRbr13LMU0-nqQAtvFntxg-nx9KlJ7KQ-SfDTIQUF9bTP-gClOeFVcOj64jbXw1sCUNho/s1600-h/06_MVG_sp_imigra.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 275px; height: 352px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhAG7tRN2VH_yYonkzh3yrV9FSSSynRLw1Wmz8kZFhgQlViUp_X2K-AjLe-xVEg_1bZ6MkTArRbr13LMU0-nqQAtvFntxg-nx9KlJ7KQ-SfDTIQUF9bTP-gClOeFVcOj64jbXw1sCUNho/s320/06_MVG_sp_imigra.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5338654934757799298" border="0" /></a><span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >A Serpente</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Final de tarde. A garoa começa a castigar a metrópole. O asfalto vai criando um creme, mistura da fumaça, da poeira, da fuligem, deixando a pista escorregadia, perigosa. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Em instantes a serpente vai se formando. Seus gomos metálicos se aproximam, com olhos brilhantes e o sinal de alerta, vermelho vivo, brilhando na parte traseira. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />A serpente é enorme, parece não ter fim. Dentro dela, milhares de pequenos seres, encolhidos, trancados em seu aparelho digestivo, tentando em vão uma saída. Ela se movimenta lentamente, vai se arrastando pela tarde chuvosa, crescendo em ritmo geométrico. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Os pequenos seres estão se remoendo dentro da grande serpente, impotentes, sem saber como escapar daquela prisão. Vêem vermes de duas rodas passando entre as serpentes, rápidos, velozes e furiosos. O relógio insiste em caminhar, impulsionando as horas, mas o cenário não muda muito. Tudo é caótico, confuso, barulhento.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;">Ninguém quer perder o ritmo, ninguém quer ficar para trás. Perder a serpente significa perder ainda mais tempo. E lentamente vão se arrastando, com seus tédios, seus sonhos, suas frustrações pelo asfalto molhado.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;">De repente tudo pára. A serpente está imóvel. Os seres pequenos se inquietam e começam a urrar pelas buzinas estridentes. A serpente vai ficando inquieta, seus gomos metálicos tentam desesperadamente escapar. Ela teme pelo seu destino e prepara-se para dar o bote. Vai tomando cada vez mais corpo, engrossando, para poder engolir tudo a sua volta. O espetáculo é indescritível, tudo está travado dentro de suas entranhas. Nada passa, nada sai, nada se movimenta. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />O som de uma sirene vai se tornando cada vez mais forte. A serpente se contorce, abre suas entranhas para dar passagem. A ambulância avança, pára logo à frente. Um acidente, um ferido, uma urgência no meio do caos urbano. A ambulância segue seu caminho, costurando a serpente que vai lentamente retornando a sua forma, comprida, lenta, entediante no breu da noite. </span> </span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-72004682447653693692009-02-12T17:40:00.006-02:002009-02-12T20:58:43.222-02:00O VELHO CHUCK CONTINUA MANDANDO BEM!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibdHRy1Tf-7VB4HNhPFqkfM6Tj3g8gu3-uL11I1qNia43YnNk15q_655RBQCNduKNeuK811djAG8p36ZQOH-jN-WJ5V3elM8nRFDzoVX3iT7m2wChEeNE9tEhaX_VwVZL4hkSb-4L0fS0/s1600-h/Picture+2.png"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 269px; height: 399px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibdHRy1Tf-7VB4HNhPFqkfM6Tj3g8gu3-uL11I1qNia43YnNk15q_655RBQCNduKNeuK811djAG8p36ZQOH-jN-WJ5V3elM8nRFDzoVX3iT7m2wChEeNE9tEhaX_VwVZL4hkSb-4L0fS0/s400/Picture+2.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5301998621797644226" /></a><br /><!--StartFragment--> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Dia desses zapeando pela TV me deparei com o filme </span></span><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Chuck Berry Hail! Hail! Rock’n’Roll</span></span></b></span><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">, de 1987. Lá estava a grande legenda do Rock ‘n’ Roll, em sua cidade natal, Saint Louis, retratado no documentário musical de Taylor Hackford. Peguei o documentário da metade para o fim, mas mesmo assim já foi um grande deleite. </span></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Entrevistas com outras feras com Bo Diddley, Little Richard, Roy Orbison, entre outros, vão passando um pouco das histórias e da personalidade dessa figura ímpar. No palco, outros nomes que continuam fazendo historia como Keith Richards, Robert Cray, Etta James, todos bem mais novinhos – é claro, na medida do possível - afinal lá se vão mais de 20 anos. A performance de Eric Clapton interpretando um blues cadenciado, onde demonstra o seu domínio do instrumento, mostra porque surgiu a expressão </span></span><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Eric is God</span></span></b></span><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">. </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Georgia;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Mas o que realmente me chamou a atenção foi o fato de ver a performance de Chuck no palco, junto de todas aquelas feras, mostrando primeiro que sua música é atemporal e depois pelo fato de ver que já há muito tempo ele entendeu que </span></span><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">menos é mais</span></span></b></span><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">, a exemplo do arquiteto e líder do movimento Bauhaus, Ludwig Miers van der Rohe, uma máxima que nos dias atuais virou moda. Com suas construções harmônicas básicas, simples, ele consegue eletrizar quem está do outro lado, mostrando que a música não vem do encadeamento de acordes e sim da alma de quem a cria.</span></span></span></span></span></span></p> <!--EndFragment-->BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-80393002994042682722009-02-01T22:01:00.006-02:002009-02-03T09:52:01.446-02:00CONTO - O MAIOR CORREDOR DE TODOS OS TEMPOS<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF5UbP16lcSu1hv-hzqmotyOHmmgay9I5OfCsKnCgFv3dngZFT3xxKrGF30sBZot7ztd0qg2Tq56s5Pgx0sbzZ4GaVcrliCA2SjtUCV5ubbOVUzRUDLzeQytoDSwyZjcOeQgEfBK0h7GA/s1600-h/Picture+1.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 400px; height: 274px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF5UbP16lcSu1hv-hzqmotyOHmmgay9I5OfCsKnCgFv3dngZFT3xxKrGF30sBZot7ztd0qg2Tq56s5Pgx0sbzZ4GaVcrliCA2SjtUCV5ubbOVUzRUDLzeQytoDSwyZjcOeQgEfBK0h7GA/s400/Picture+1.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5297984064831942450" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:arial;">Ele nasceu em uma casa simples de um bairro da periferia de São Paulo. A família Átona morava em uma casa modesta do Tucuruvi, na Zona Norte. Benjamim Átona tinha uma vida pacata e trabalhava como encarregado geral em uma fábrica de parafusos. A sua mãe, Mariângela Átona era a típica dona de casa da classe média baixa, sem muitos sonhos, sem muitas ilusões, dedicando todo o seu tempo para cuidar da casa, do marido e dos filhos. Uma mãe carinhosa, dedicada e sempre preocupada em dar o melhor de si para servir a sua prole.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Ele era o quarto filho que vinha ao mundo. Quando nasceu chorou muito, como se essa ocasião tivesse interrompido algo muito bom que ele estava vivendo. Ainda havia uma certa indecisão quando ao nome que ele teria e muitas apostas foram feitas. Mas quando ele veio pela primeira vez para o quarto da mãe e seus pais puderam contemplar aquele ser pequenino que se espreguiçava a todo o momento, forçando os olhos para poder ver alguma coisa, não tiveram dúvidas. Pela sua constituição, seu biótipo singular, com pernas longilíneas, resolveram batizar o rebento de Osmar. Assim nasceu Osmar Átona, um personagem que iria fazer história no atletismo mundial. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Teve uma infância normal, como toda a criança de bairro, jogando bolinha, brincado de pião, andando de carrinho de rolimã, jogando futebol na rua, correndo atrás de pipa e de balão, só que nesses casos sempre chegava antes.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Já na escola começou a se destacar pela sua pressa. Sempre chegava antes em todos os lugares. Na sala de aula, no pátio do recreio, nas atividades extracurriculares. Nas aulas de Educação Física se destacava nas atividades que envolviam o deslocamento de um ponto para outro. Ninguém superara Osmar nas corridas ou em qualquer atividade que precisasse preencher um trecho com rapidez. Seu professor de Educação Física, Heitor, logo percebeu que ele era uma criança diferenciada e que precisava de um tratamento especial. Passou a orientá-lo com seus parcos conhecimentos de atletismo, o que já foi suficiente para despertar aquela chama interior que começava a arder dentro do Osmar.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;"> <span style="font-style: italic;">- Se você quer ser alguém na vida, meu filho, corra! Corra o mais que você puder!</span></span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Os anos foram passando e Osmar Átona começou a se destacar no circuito escolar. Toda corrida que participava pela sua escola, ganhava sempre. E com uma grande vantagem sobre seus adversários. O garoto parecia um raio, ninguém chegava nem perto dele. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Sua mãe, sempre atenciosa e carinhosa com o filho caçula também passou a incentivá-lo.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /> <span style="font-style: italic;">- Se você quer ser alguém na vida, meu filho, corra! Corra o mais que você puder!</span></span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Quanto mais o tempo passava, Osmar cada vez mais ficava conhecido no circuito de corridas da cidade. Na adolescência, chegou a ganhar mais de 300 medalhas de ouro. Muitos atletas de outras escolas, quando viam que o Osmar estava inscrito na competição, desistiam pois já sabiam que não teriam chance diante daquele fenômeno. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Ao chegar ao curso superior, conseguiu uma bolsa de estudo para Educação Física, principalmente pelo seu grande currículo de conquistas. Em seguida foi procurado por um grande clube e por três empresas interessadas em patrocinar tamanho talento. Osmar pensou “meus sonhos estão se realizando! Graças a essas minhas pernas abençoadas, vou conquistar tudo a que eu tenho direito.”</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Sua mãe, que sempre acompanhou sua trajetória e vibrou por suas inúmeras conquistas, não cansava de repetir:</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /> <span style="font-style: italic;">- Se você quer ser alguém na vida, meu filho, corra! Corra o mais que você puder!</span></span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Um dia Osmar resolveu se profissionalizar e passou a competir em pé de igualdade com os chamados atletas de elite. Seu primeiro desafio foi correr na maratona Nike 10 K. Não deu outra, Osmar deixou os adversários comendo poeira. Em seguida, veio a meia maratona do Rio de Janeiro, a maratona de Nova York, corrida da Pampulha e muitas outras mais. E em todas as ocasiões , Osmar deu um show. Parecia que com o passar do tempo, sua preparação física, seu fôlego, ficavam cada vez melhor.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;">Com a chegada do final do ano, mais um desafio, a Corrida de São Silvestre, a única que ainda não contava no seu currículo, onde teria que enfrentar o favoritismo dos atletas quenianos, além das grande feras nacionais. Osmar se preparou e colocou na sua cabeça que iria ganhar essa competição. No dia da corrida, muita expectativa, os principais noticiários faziam suas apostas nos grandes nomes, deixando Osmar para segundo plano. </span> <span style="font-family:arial;">Mas era por pouco tempo. Logo, logo seu nome iria ganhar as principais manchetes do final do ano. Osmar não só venceu a São Silvestre como bateu o recorde de tempo, melhorando em três minutos o menor tempo já obtido na prova. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Depois desse dia, o céu era o limite para Osmar. Ele podia tudo. Começou a ser chamado para as principais competições internacionais, faturando todas que participou. Os jornais internacionais estampavam seu rosto, com frases do tipo Osmar, o fenômeno das maratonas, mais conhecido como Osmaravilha!</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Mesmo com toda essa fama, Osmar Átona continuava uma pessoa simples, com os mesmos valores do tempo que corria atrás dos balões capuchinho no Tucuruvi. Nunca se esqueceu de sua família e sempre que podia, quando ganhava um bom prêmio, mandava um adjutório para seus pais e irmãos. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Todo esse talento não podia passar desapercebido pelo COB – Comitê Olímpico Brasileiro – e não demorou muito para que Osmar fosse chamado para representar as cores de nossa bandeira em uma Olimpíada. Sua família se encheu de orgulho, na seção onde o seu pai Benjamim ainda trabalhava, todo mundo comentava a “convocação” do Osmar para participar da Olimpíada.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Era o único título que Osmar ainda não tinha e ele estava mais do que preparado para conquistá-lo. Estava em sua melhor forma, com sua confiança lá em cima. Para ele seria muito fácil, afinal, já havia conquistado duas maratonas de 40 quilômetros com uma boa vantagem sobre seus adversários.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />No grande dia Osmar não titubeou. Saiu em disparada, mantendo a ponta. Os comentaristas esportivos falavam que ele era o conhecido “coelho”, que sai na frente, gasta toda a sua energia e depois vai sendo ultrapassado pelos atletas mais experientes que vão dosando sua velocidade para ter gás até o fim, guardando energia para o Sprint final. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />O grande erro é que esses locutores não conheciam muito bem o Osmar. E por não conhecê-lo, julgaram que não passaria muito tempo ate que ele abrisse o bico. O que aconteceu foi justamente o contrário. Aqueles que conheciam Osmar muito bem não se surpreenderam. Ele manteve a dianteira do começo ao fim da prova e mais uma vez bateu o recorde das Olimpíadas, estabelecendo um tempo jamais imaginado por qualquer expert em corridas de maratona. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Osmar tinha entrado para a história como o maior corredor de todos os tempos. Mas depois das Olimpíadas, começou a acontecer algo estranho com o Osmar. Um grande vazio se instalou no seu peito e ele já não via mais motivação para correr. Nada mais o agradava. Um grande desânimo estava se abatendo sobre ele. Correr mais rápido que seus adversários já não era mais novidade, não trazia mais satisfação, não era mais desafiador, afinal, havia superado todos os adversários que enfrentou. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Foi então que ele viu que havia chegado a hora de mudar o rumo de sua vida. </span> <span style="font-family:arial;">Ele já tinha fama, já tinha dinheiro. O nome Osmar Átona virou sinônimo de corrida. Agora ele queria sossego. Pensou muito e tomou uma decisão. Procurou um especialista em árvore genealógica, pesquisou em bibliotecas, pois queria achar uma solução para aquela sua sina, que estava impregnada em seu nome. Ele precisava se livrar daquilo de qualquer forma.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Depois de muito pesquisar, encontrou o que queria em um de seus antepassados, o sobrenome de um tataravô por parte de pai de quem nunca havia ouvido falar.<br />Juntou todos os documentos, pegou um bom advogado e foi até o cartório onde foi registrado quando nasceu. </span> <span style="font-family:arial;">Mudou o seu nome para Osmar Asmo, pendurou os tênis de corrida, deitou-se em uma rede em seu sitio no interior de São Paulo e viveu feliz para sempre.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Assim termina a saga de Osmar Átona, o maior corredor de todos os tempos, hoje conhecido nas cercanias de Ibiúna como Osmar Asmo, um sujeito preguiçoso que gosta de ficar o dia todo na rede ou sentado em um tronco no quintal de seu sitio, sem fazer absolutamente nada, vendo as tardes quentes e modorrentas passarem vagarosamente. </span><br /><br /></span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-56199065504484358682008-10-02T18:02:00.005-03:002008-10-03T14:06:14.382-03:00MINI CONTOS URBANOS - III<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6B04q_mVWsCHS94A3nRlCKy5tirnwOHENKJDsOmxQxdZEP_DGeq709DcxvOA66Jzel6UQu_6AekGENFZaoFSpX_q32om8vVKh6SV2lcbkfWgxN4BokF2jQ56p2h38YsOz9JLAdQ-9w60/s1600-h/Casal1.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6B04q_mVWsCHS94A3nRlCKy5tirnwOHENKJDsOmxQxdZEP_DGeq709DcxvOA66Jzel6UQu_6AekGENFZaoFSpX_q32om8vVKh6SV2lcbkfWgxN4BokF2jQ56p2h38YsOz9JLAdQ-9w60/s400/Casal1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5252665194278282802" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >Incompatibilidade</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />“Sim” ele disse.</span> <span style="font-family:arial;"><br />“Não” ela disse.</span> <span style="font-family:arial;"><br />“Sim” ele tornou a dizer.</span> <span style="font-family:arial;"><br />“Não” ela tornou a dizer.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />E nesse “disse-me-disse”, disseminou-se um tremendo mal-estar. Já havia um tempo que as coisas não andavam bem. Uma disputa silenciosa se travava entre os dois, ninguém queria ceder. Foi então que veio o dilúvio e inundou toda a terra. Eles nadaram até a exaustão, cada um prum lado, é claro. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />“A terra firme é por aqui”.<br /></span> <span style="font-family:arial;">“De jeito nenhum, fica pra lá!”.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;">E os dias foram passando e a água não baixava. O relacionamento naufragava pouco a pouco. Neste dilúvio de incertezas, a única coisa que restava era a teimosia de cada um. Por mais que tentassem se entender, o orgulho era maior. Humildade não fazia parte do vocabulário de nenhum dos dois.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />“A vida não é assim como você imagina, não”.</span> <span style="font-family:arial;"><br />“Você é que pensa!, eu sei do que estou falando”.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">No jogo de empurra, cada um tentava colocar no outro a culpa pela intransigência, pelo fracasso, pela frustração. Ninguém queria assumir que bastava olhar no espelho para ver a verdadeira face da derrota. Ela estava estampada no rosto de cada um deles. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Caminhos para reverter essa situação já haviam sido tentados, mas sem resultados. O que os dois mais temiam era a sensação de incerteza e de perda do controle sobre as coisas mais corriqueiras. Queriam dar vida e significado a tudo o que faziam e diziam, como se daquela disputa caótica pela “razão” fossem obter a glória, a vitória sobre o outro de forma irrefutável. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Uma trégua, alguns dias de calmaria e por fim…</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />“Sim” ela disse.</span> <span style="font-family:arial;"><br />“Não” ele disse.</span><br /></span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-91036779430087253922008-09-14T22:00:00.002-03:002008-09-14T22:03:42.658-03:00CARA B – Jorge Drexler<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyqFcwT6eEIA8I9f7dkAmRszLYgIQ3un5xhvaHFx4ojRATf8B7LxRAn5ZqHU9H3W8CMRrbr3RM3NMv_xqlT7n9IHMRX9j25YjesDJX_udEc7BPGCok3pRd4xpB6zeexHQR6MLa4CGSLuo/s1600-h/Drexler.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 253px; height: 235px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyqFcwT6eEIA8I9f7dkAmRszLYgIQ3un5xhvaHFx4ojRATf8B7LxRAn5ZqHU9H3W8CMRrbr3RM3NMv_xqlT7n9IHMRX9j25YjesDJX_udEc7BPGCok3pRd4xpB6zeexHQR6MLa4CGSLuo/s400/Drexler.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5246047043672658242" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:arial;">Uma voz aveludada, um violão marcante, um tom intimista, não, não estamos falando de Bossa Nova e sim desse uruguaio que ficou famoso por ter conseguido o mérito de ganhar o primeiro Oscar de melhor canção em espanhol pela música Al Otro Lado del Río, do filme Diários de Motoclicleta dirigido por Walter Salles. Esse disco duplo ao vivo em especial é bem intimista e foi gravado ao longo de sete concertos e contém aquilo que se chama o lado não tão comercial do artista, mais difícil de ser compreendido, o lado B das nossas saudosas bolachas de vinil. No primeiro disco podemos ouvir aquelas músicas que não fizeram tanto sucesso na sua carreira, mesmo tendo qualidades mais do que suficientes para estar também no lado A. já no segundo disco, podemos ouvir Drexler interpretando Caetano ( Dom de Iludir), Leonard Cohen e músicas do Kiko Veneno, um catalão pouco conhecido por aqui, mais muito cultuado na Espanha. </span> <span style="font-family:arial;">De resto é aquela melancolia latina, que está presente em quase todo o disco. Vale a pena abrir os ouvidos e ouvir mais de uma vez esse excelente cantor, compositor e violonista de mão cheia.</span> </span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-81797729539944809632008-07-27T18:13:00.007-03:002008-12-09T04:06:30.521-02:00MINI CONTOS URBANOS - II<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM43fR8-qlGQoD0JcWpg0yDEFhCJ_MX3HP-QhJhPwYbMWj_NjJCjCzB8OHNRVCdJPW9bHlNK2uBEl48ZgxLwuq9b08hyphenhyphenAWTYWEOdfiALuo20NUTiOwpWlXpwPyobD4PjRaS_RJsnrBX0M/s1600-h/Picture+1.png"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5227806685988570978" style="FLOAT: left; MARGIN: 0pt 10px 10px 0pt; WIDTH: 217px; CURSOR: pointer; HEIGHT: 209px" height="284" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM43fR8-qlGQoD0JcWpg0yDEFhCJ_MX3HP-QhJhPwYbMWj_NjJCjCzB8OHNRVCdJPW9bHlNK2uBEl48ZgxLwuq9b08hyphenhyphenAWTYWEOdfiALuo20NUTiOwpWlXpwPyobD4PjRaS_RJsnrBX0M/s400/Picture+1.png" width="243" border="0" /></a><br /><span style="font-family:arial;font-size:130%;"><span style="font-size:180%;">O Buraco da Barata</span><br /><br />Ele entrou e começou a olhar pelos cantos, meio perdido. Suas roupas, seus adereços, seu modo de andar e agir, denunciavam a sua origem.<br /><span style="FONT-WEIGHT: bold; FONT-STYLE: italic">Onde que desce…cadê?…ôxe...</span><br />- Amigão, não é aqui, não…você tá no bar errado. É aquele ali do meio, ó.<br /><br />Ele foi até lá. Estava ansioso para descer. Chegou e foi logo perguntando <span style="FONT-WEIGHT: bold; FONT-STYLE: italic">“é aqui o buraco da barata?”</span><span style="FONT-STYLE: italic"> </span>. A moça do balcão indicou a escada num dos cantos do bar.<br />- Pode descer que o forró tá rolando…<br /><br />Ele mais do que depressa desceu as escadas. Seu nariz respirou o cheiro acre, abafado, cigarro misturado à umidade do porão. Um ar familiar que reconfortou o seu coração. Lembranças. Pouca luz, som alto, alguns pares dançando no salão.<br /><br />Seus olhos demoraram alguns segundos para se acostumar com o ambiente. Faces mau encaradas, semblantes tensos, rostos desgastados pelo tempo. Foi até o balcão e pediu uma branquinha. Bebeu numa talagada só.<br /><br />Ela estava lá, sozinha no canto, o ar perdido, olhando para o globo de luz. Colocou sua melhor roupa, caprichou na maquiagem e no perfume. O reencontro prometia. Havia tempo que estava na espreita, com as antenas ligadas, no canto, esperando o seu momento.<br /><br />Ele a viu, se aprumou e foi se aproximando como quem não quer nada. Foi <span style="FONT-WEIGHT: bold; FONT-STYLE: italic">arrudiano</span> e sussurrou algo no seu ouvido. Ela sorriu. Ele a puxou e levou para o meio do salão. Dançaram em meio ao cheiro de suor que se misturava aos perfumes baratos usados sempre de forma exagerada.<br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold; FONT-STYLE: italic">A Ema gemeu no tronco…</span>enquanto o forró comia solto, com o baixo da sanfona marcando o ritmo junto com o triângulo e a zabumba, ele pensava que o emprego na obra veio em boa hora. Com a graninha que ia entrar agora, já podia levar a Dinalva pra morar com ele.<br /><br />- Vamo Zé, já tô cansada..<br />- Vamo pra onde, muié?<br />- Pra sua casa, ôxe…<br /><br />Ele abriu um sorriso e entendeu o recado. Sabia que a sua hora tinha chegado e que finalmente iria sair daquele buraco.<br /><br /></span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-49370959754083078572008-07-14T14:03:00.003-03:002008-12-09T04:06:30.676-02:00APOCALIPSE NOW<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigrMfiZIXvc1RyWtKOiH5vpQsbAQGfRqlT-pngL9K2z5H-aIW2gBc9sh8oZP2KXH0Wa476j9p630329mHbyRwlezDzK59ECb3EOqLXq2OpmlguMzT4PbS4DzndWz3tnapr1-wd8kAlToU/s1600-h/Picture+1.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigrMfiZIXvc1RyWtKOiH5vpQsbAQGfRqlT-pngL9K2z5H-aIW2gBc9sh8oZP2KXH0Wa476j9p630329mHbyRwlezDzK59ECb3EOqLXq2OpmlguMzT4PbS4DzndWz3tnapr1-wd8kAlToU/s400/Picture+1.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5222919145018873890" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:arial;">De acordo com as profecias de Nostradamus ou mesmo as referências contidas na Bíblia, a humanidade já deveria estar extinta. Como ainda estamos habitando este planeta azul que a cada dia se torna mais cinzento, estamos no lucro.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Que passamos por uma crise é inegável e o novo arauto do apocalipse é o calendário Maia, que diz que o planeta Terra vive o final de um grande ciclo que termina em 2012. Na tradição Hindu dos Vedas também há essa previsão. Os reflexos são a falta de tempo, o desenvolvimento acelerado dos processos tecnológicos que ficam obsoletos tão rápido quanto são alcançados, a violência nos grandes centros urbanos, a desigualdade social, a intolerância religiosa, o terrorismo, que coincidem com o final de uma espiral evolutiva. Mas a profecia Maia não se trata do fim do mundo e sim da RENOVAÇÃO do mundo. Fim e Renovação são muito diferentes e ninguém vai morrer, nem o mundo vai acabar.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Em sua música “Sociedade Alternativa” datada dos anos 70, Raul Seixas sinaliza que esse tempo chegaria, baseado nos textos do escritor ocultista britânico Aleister Crowlei. Um modo de vida alternativa, uma visão alternativa que compreende um novo tempo. </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Um dos indícios mais marcantes dessa transformação que está por vir é a aceleração do tempo. Segundo pesquisas, a aceleração do tempo está encurtando os nossos dias em torno de 50%, em função do aumento da freqüência vibratória do planeta Terra. A sensação psico-mental que temos é de cerca de 12 horas, mas na verdade é equivalente a 24 horas, de onde vem aquela sensação de que o tempo está passando muito rápido, que não dá mais tempo para terminar tarefas que antes podiam ser feitas em tempo menor.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">A vibração planetária começou a acelerar a partir de 1971 e hoje está em 33 ciclos por segundo e um dia que tinha 24 horas passa a ter somente 13 horas e 12 minutos. Mas e os relógios? Por que não marcam essa diferença? Todas as pessoas recorrem ao relógio e constatam que não há nada de errado com o tempo. A sensação de que o tempo está passando rápido acaba sendo encarada como ilusória. O relógio mede a duração do tempo e como ele mediu 24 horas exatas na virada de um dia para o outro, inclusive com as referências do dia e da noite, nada está errado, tudo não passa de falsa impressão.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Alguns místicos afirmam que o tempo, nesse início de século está andando mais rápido, porque a Terra está girando em torno do seu eixo imaginário com maior velocidade. Afirmam também que as partículas subatômicas estão vibrando numa freqüência maior e que o nosso planeta já está a meio caminho da quarta dimensão.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">A explicação “física” para os relógios é que se a Terra está girando mais rapidamente, isso afeta a gravidade e, por conseguinte, o mecanismos dos relógios automáticos que funcionam em fórmula de pêndulo, ficando mais leves e, consequentemente, mais rápidos, compensando o tempo. O mesmo fenômeno acontece nos relógios eletrônicos e nos atômicos, que são constituídos de materiais susceptíveis de alteração com a aceleração das partículas subatômicas. Daí, conclui-se que os relógios estão nos dando uma informação que é relativamente correta, porém absolutamente falsa. O descompasso entre as nossas atividades e o tempo disponível é o maior indicativo desse fenômeno. Ninguém consegue acelerar sua capacidade de trabalho para acompanhar a aceleração do tempo que é contado nos relógios. O nosso lado esquerdo do cérebro, tão cheio de razão, não consegue com sua lógica entender o que está acontecendo. A nossa percepção de que algo está errado é aguçada pelo hemisfério direito, onde reside a intuição, a criatividade, as emoções. </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Quem tem filhos pequenos e adolescentes pode observar esse fenômeno da aceleração no comportamento deles. As músicas que ouvem são cada vez mais aceleradas, marcadas pelo “bate estaca”, fazem cinco coisas ao mesmo tempo, como se tivessem conhecimento de que o “tempo” está sendo roubado. Eles procuram aproveitar ao máximo essa nova realidade e abrir os campos da percepção e absorver tudo o que o universo está oferendo. O fim desse ciclo, que segundo as últimas profecias acaba em 2012, deve levar à renovação, um apocalipse diferente daqueles profetizados desde o início dos tempos. As gerações que estão nos substituindo poderão ter uma nova perspectiva, uma nova dimensão para viver, diferentemente da que vivemos até hoje.</span><br /><br /></span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-60032882981184519882008-07-05T16:22:00.004-03:002008-12-09T04:06:30.841-02:00MINI CONTOS URBANOS - I<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4x-szfLo2f2_D_Sr-R8wuqjNyLoZxZ9RXYSkHaJfRJUtBcCa59TF0XY5et7QLQE804hhXHgsd_wd0FqOdGqn21KaOp6AvBJz9Dw5zdheu9H1_7mIZHJmfpURnxQ-BSZWp-izwt9CSqEY/s1600-h/Picture+1.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 160px; height: 160px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4x-szfLo2f2_D_Sr-R8wuqjNyLoZxZ9RXYSkHaJfRJUtBcCa59TF0XY5et7QLQE804hhXHgsd_wd0FqOdGqn21KaOp6AvBJz9Dw5zdheu9H1_7mIZHJmfpURnxQ-BSZWp-izwt9CSqEY/s400/Picture+1.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5219613450009104866" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:180%;">No Farol</span><br /><br />Faltavam quinze minutos para a nove da manhã. No dia anterior tinha chovido bastante e o céu estava bem limpo, com o Sol aquecendo a manhã. Eu subia a Campinas em direção à Paulista. Não costumo fazer esse caminho, a Paulista está sempre cheia, ainda mais agora com as reformas das calçadas e do canteiro central.<br /><br />Chegando no cruzamento da alameda Santos, o farol fechou. Diminuí a velocidade e parei bem rente à faixa de pedestre. Algumas pessoas atravessavam na faixa apressadamente. De repente percebi a sua presença.<br />Ele vinha andando com um ar desconfiado, olhando de soslaio para os lados. A camisa larga fora da calça conseguia disfarçar um pouco o volume que ele trazia na cintura.<br /><br />Ele veio em minha direção. Logo percebi o que estava para acontecer. Meus batimentos cardíacos aceleraram, uma descarga de adrenalina inundou o meu corpo. Ele colocou a mão debaixo da camisa e empunhou a arma, apontando-a para a minha cabeça pelo lado de fora da janela do carro.<br /><br />O som estava um pouco alto e não conseguia identificar exatamente o que ele vociferava do lado de fora. Seus olhos estava injetados.<br /><br />- A carteira…. passe o relógio… rápido, rápido…vou te apagar…filho da puta…tem seis aqui pra você…<br /><br />Minha boca secou. Fiquei sem ação, com as mãos no volante, esperando. Aqueles segundos pareciam uma eternidade. Ele continuava a falar, insistindo até perder a paciência.<br /><br />O primeiro disparo veio acompanhado de vários palavrões.<br /><br />- Pou!<br />- Toma um pipoco seu desgraçado…<br />- Vou te matar…filho da puta…<br />- Pou! Pou!<br /><br />O sinal abriu. A blindagem da janela resistiu bem aos três disparos. Ele saiu em disparada. Acelerei o carro e segui em frente. Agora preciso arrumar um jeito de blindar os olhos também.<br /><br /><br /><br /><br /></span></span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-42560615474358743242008-06-29T19:11:00.003-03:002008-12-09T04:06:30.975-02:00VAN MORRISON - STILL ON TOP<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu5LCHrTUUIsWFMy2mjM_X7WVKSwmGxh__MIbgQs7d-B6SC8hPSubs5ZmikeraY7MXJC8eCXG17NN57HuXxwkEC3N-NdkkPDu103L0Ij6Hg9KRP4hhGXSBWVM3D8z5W5kgybh3KVshfww/s1600-h/Picture+1.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu5LCHrTUUIsWFMy2mjM_X7WVKSwmGxh__MIbgQs7d-B6SC8hPSubs5ZmikeraY7MXJC8eCXG17NN57HuXxwkEC3N-NdkkPDu103L0Ij6Hg9KRP4hhGXSBWVM3D8z5W5kgybh3KVshfww/s320/Picture+1.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5217429982417175986" border="0" /></a><br /><span style=";font-family:arial;font-size:130%;" >Tenho passado bom tempo ouvindo esse CD Duplo de Van Morrison durante minhas andanças no trânsito de São Paulo. Com as maravilhas da tecnologia, coloco um pen drive no aparelho de som do carro e posso ouvir mais de 100 músicas em MP3 direto.<br /><br />O CD tem 37 músicas, que procuram resumir os mais de quarenta anos de carreira desse irlandês, nascido em Belfast, que iniciou sua carreira ainda na adolescência. Sua voz única e interpretação arrebatada chamou a atenção nos anos 60 com a banda Then. Com 23 anos gravou um dos seus melhores álbuns, Astral Weeks e vem repetindo seus discos com sucesso até hoje.<br /><br />A coletânea passa pelas principais fases: soul, R&B, blues, country, folk, jazz e apresenta as canções mais conhecidas e mais acessíveis da obra de Morrison como “Baby Please Don't Go” e “Gloria”, regravada por The Doors e Patti Smith, entre outros. “Brown Eyed Girl” de 1967, também está lá, afinal é a faixa mais popular da carreira de Morrison.<br /><br /></span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-56852411098716219662008-06-22T18:38:00.006-03:002008-12-09T04:06:31.080-02:00MUSICA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKiWwydsFgrcTVCSYmHa0CqdwHN8LL0-JLQytTUE8-Hc741jztcE12LWEwQ0PUbQLB2yZlC8zQnD6rnCN2t-FDT4Q4yNzVTW2rTGKrXyZgQA-S0xLGpcAlJpsIaI0xlJDVG_eu7RbC05I/s1600-h/partituras.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 387px; height: 277px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKiWwydsFgrcTVCSYmHa0CqdwHN8LL0-JLQytTUE8-Hc741jztcE12LWEwQ0PUbQLB2yZlC8zQnD6rnCN2t-FDT4Q4yNzVTW2rTGKrXyZgQA-S0xLGpcAlJpsIaI0xlJDVG_eu7RbC05I/s320/partituras.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5214823867048077986" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:arial;">A Discoteca Oneyda Avarenga do Centro Cultural São Paulo tem um dos maiores e mais formidáveis acervos musicais do País, abrangendo um período que vai de 1902 a 1960, incentivando a difusão da música em todas as suas vertentes, inclusive com um projeto dedicado à musica erudita contemporânea. </span> <span style="font-family:arial;">Dentro desse projeto, a gravação e edição de um catálogo completo com obras de <span style="color: rgb(204, 102, 0); font-weight: bold;">Edino Krieger, Gilberto Mendes, Edmundo Villani-Côrtes, Almeida Prado</span> e <span style="color: rgb(204, 102, 0); font-weight: bold;">Rodolfo Coelho de Souza</span>, mostrando o alto grau de qualidade das vertentes da música contemporânea. Cada compositor ganhou dois livros, um deles contando sua trajetória, musicografia completa e um CD com obras atuais inéditas, e o outro com partituras de algumas de suas obras mais expressivas e também inéditas.</span> <span style="font-family:arial;"> </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /><span style="color: rgb(204, 102, 0); font-weight: bold;">Edino Krieger</span>, natural de Brusque, Santa Catarina e iniciou seus estudos de violino aos sete anos com seu pai, o compositor, regente e violinista Aldo Krieger. Aos 20 anos conquistou o 1º lugar no Concurso para Jovens Compositores da América Latina. Sempre esteve no centro das discussões sobe os rumos da cultura brasileira, dividida entre nacionalismo e internacionalismo, popularidade e vanguarda, dodecafonia e tonalismo. Criou obras baseadas em poemas de Castro Alves, Manoel Bandeira, Nicolás Guillén, Carlos Drummond de Andrade. Tem em seu currículo inúmeros prêmios e cargos importantes no cenário musical ao longo da sua carreira, como o de presidente da Academia Brasileira de Música. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /><span style="color: rgb(204, 102, 0);font-size:85%;" ><span style="font-style: italic;">CD - Quarteto de Cordas nº 1; Balada do Desesperado; Desafio; Canción China a dos Voces; Três Sonetos de Drummond: os poderes infernais; Três Sonetos de Drummond: Carta; Três Sonetos de Drummond: Legado.</span></span> </span> <span style="font-style: italic; color: rgb(204, 102, 0);font-family:arial;font-size:85%;" ><br /><br />Partituras – Tem piedade de mim (para canto e piano); Canción China a dos Voces (para canto e piano); Canción del Regresso (para canto e piano); El Negro Mar (para canto e piano); Balada do Desesperado (para canto e piano); Tu e o Vento (para canto e piano); Desafio (para canto e piano); Canção do Violeiro (para canto e piano); Três Sonetos de Drummond (para canto e piano); Silêncios (para canto e piano); Estudos intervalares (para piano solo).</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /><span style="color: rgb(204, 102, 0); font-weight: bold;">Gilberto Mendes</span> nasceu em Santos, São Paulo, e iniciou seus estudos musicais aos 18 anos. Foi um dos signatários do Manifesto Música Nova na Revista de Artes e Invenções, em 1963, que propunha uma nova música brasileira. Foi um dos pioneiros nos campos da aleatoriedade, música microtonal e concreta, com novas notações musicais, visuais e teatrais. Fundou, em 62, o Festival Música Nova de Santos, considerado o mais antigo festival de música contemporânea em todas as Américas.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 102, 0);font-size:85%;" >CD - Episódio; A hora Cinzenta; Felicidade I; Felicidade II; Ingratidão; Adolescência; Confusão; Sugestões de Crepúsculo; Sonho Póstumo; Peixes de Prata; A Tecelã; Lamento; Canção Simples; Lagoa; Desencanto; Dizei, Senhora; A Mulher e o Dragão; Poeminha Poemeto Poemeu Poesseu Poessua da Flor; O Trovador; Finismundo; a última viagem – parte I; Anatomia da Musa; Fenomenologia da Certeza; Sol de Maiakovski; Tv Grama I (Tombeau de Malarmé); Desencontros, à memória de Kurt Weil, à lembrança de Gilberto Mendes; Luz Mediterrânea: no olvido do tempo; O Pai do Universo; Amplitude; Mais uma vez; A Festa.</span></span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 102, 0);font-size:85%;" >Partituras – Para Canto e Piano - A Festa; A hora Cinzenta; A Mulher e o Dragão; A Tecelã; Adolescência; Amplitude; Anatomia da Musa; Canção Simples; Confusão; Desencanto; Desencontros; Dizei, Senhora; Episódio; Felicidade I; Felicidade II; Fenomenologia da Certeza; Finismundo; Ingratidão; Lagoa; Lamento; Luz Mediterrânea: no olvido do tempo; Mais uma vez; O Trovador; Pai do Universo; Peixes de Prata; Poeminha Poemeto Poemeu Poesseu Poessua da Flor; Sol de Maiakovski; Sonho Póstumo; Sugestões de Crepúsculo; Tv Grama I. </span><br /><br /></span><span style="font-family:arial;"><span style="font-weight: bold; color: rgb(204, 102, 0);">Edmundo Villani-Côrtes</span> é mineiro de Juiz de Fora e teve seus primeiros contatos musicais em sua própria casa por meio de seu pai que era flautista amador. Aprendeu violão e piano e, quando se transferiu para o Rio de Janeiro, passou a tocar em rádios e em boates noturnas. Estudou composição de forma não sistemática devido a sua atividade como pianista na noite e em programas de TV, tendo recebido orientações de Koellreutter e Camargo Guarnieri, porém conservando um estilo próprio. Tem mais de 300 obras para várias formações e mais de 400 CDs gravados em países como Japão, França, Inglaterra, Itália, USA e Brasil.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /><span style="color: rgb(204, 102, 0);font-size:85%;" ><span style="font-style: italic;">CD - Sonata para violino e piano “Encantada”; Luz para violino e piano; Águas para violino e piano; Sonata para viola e piano, Interlúdio nº 5 para viola e Piano; Contemplativo para violoncelo e piano, Royati; Caratinguê.</span></span></span><span style="color: rgb(204, 102, 0);font-size:85%;" ><span style="font-style: italic;"> </span></span><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 102, 0);font-family:arial;font-size:85%;" ><br /><br />Partituras – Águas Claras (para violino e piano); Caratinguê (para violino, viola, violoncelo, contrabaixo e piano); Contemplativo (para violoncelo e piano); Interlúdio V (para viola e piano); Luz (para violino e piano).</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(204, 102, 0);">Almeida Prado</span> também nascido em Santos, São Paulo, é considerado, e com razão, um dos expoentes da criação musical brasileira da atualidade. Sem renunciar aos ensinamentos do mestre Camargo Guarnieri, contatos com grandes expoentes da música européia abriram novas perspectivas para Almeida Prado, ampliando seus horizontes e estimulando a sua imaginação criadora e a sua forte personalidade musical. Suas obras são as mais consistentes e volumosas da criação musical brasileira de hoje, tendo a ecologia e a religiosidade como referencias permanentes. </span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /><span style="color: rgb(204, 102, 0);font-size:85%;" ><span style="font-style: italic;">CD - Sonata para violino e piano nº 1; Sonata para violino e piano nº 2; Sonata para violino e piano nº 3; Cantiga da Amizade; Sonatina para violino e piano; Diálogos; Balada para violino e piano “B’nai brith”.</span></span></span><span style="color: rgb(204, 102, 0);font-size:85%;" ><span style="font-style: italic;"> </span></span><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 102, 0);font-family:arial;font-size:85%;" ><br /><br />Partituras – Balada “B’nai brith” para violino e piano; Cantiga da Amizade para violino e piano; Diálogo para violino e piano; Sonata nº 3 para violino e piano.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(204, 102, 0);">Rodolfo Coelho de Souza</span> é paulistano e estudou composição com Olivier Toni, orquestração com o Cláudio Santoro e música eletrônica com Conrado Silva. Aos sete anos iniciou seus estudos de piano e largou logo em seguida. Aos 14 anos retornou seus estudos musicais por meio do violão iniciando já suas primeiras composições. Sua carreira construtivista e a aplicação de técnicas seriais em suas composições foram moldando suas obras. Sempre buscando a inovação e a inventividade, o compositor expandiu suas obras mesclando instrumentos com sons eletrônicos. Criou poema sinfônico baseado no livro de poemas Galáxias de Haroldo de Campos e o ciclo Tristes Trópicos que lhe renderam prêmios e bolsas internacionais. Em 2002, um dos destaques é o Concerto para Computador e Orquestra executado pela Orquestra Sinfônica do Paraná.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br /><span style="color: rgb(204, 102, 0);font-size:85%;" ><span style="font-style: italic;">CD - Tristes Trópicos; Chiaroscuro; Estudo nº 1 para violão em quartos de tom; Diálogos para marimba e vibrafone; Divertimento para flauta e piano; Serenata para flauta e quarteto de cordas; Invenções sobre um tema de Gilberto Mendes para Orquestra Sinfônica; O Círculo Mágico, para Percussão e Sons Eletrônicos.</span></span></span><span style="color: rgb(204, 102, 0);font-size:85%;" ><span style="font-style: italic;"> </span></span><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 102, 0);font-family:arial;font-size:85%;" ><br /><br />Partituras – Serenata para flauta e quarteto de cordas; Diálogos para marimba e vibrafone.</span> </span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-90234245354806959382008-06-16T11:08:00.004-03:002008-12-09T04:06:31.255-02:00VAI QUE É SUA PARAGUAI!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTXMn9hV2DbDYQQfsIe3U83m5mPoXrkrGUAlodge415N4HO8Lwtw-qT_858EqhbW9F0f8r_s3dz9Kgr4c-bLrNXoQ-4QuGIKQnBlKYzCePNaJ-__UJx6eBBjNV7yNqToUH6xs54QzlAHs/s1600-h/Picture+2.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTXMn9hV2DbDYQQfsIe3U83m5mPoXrkrGUAlodge415N4HO8Lwtw-qT_858EqhbW9F0f8r_s3dz9Kgr4c-bLrNXoQ-4QuGIKQnBlKYzCePNaJ-__UJx6eBBjNV7yNqToUH6xs54QzlAHs/s200/Picture+2.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212481933390666370" border="0" /></a><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:130%;" >Toda vez que a seleção brasileira vai jogar cria-se uma expectativa de show, de ver lances geniais, dribles desconcertantes, pedaladas mágicas etc., afinal temos cinco estrelas estampadas na camisa, coisa que nenhuma seleção no mundo tem. Os adversários devem “tremer” quando estiverem frente a frente com o escrete canarinho e devem “perder” o jogo, esta é a ordem natural das coisas.<br /><br />Só que nem sempre o adversário é avisado disso e, nos últimos tempos, tem ignorado essa nossa “superioridade” e feito o que deveríamos fazer quando entramos em campo: marcar gols. O espetáculo deve ser bonito, mas se não balançar a filó não adianta. O que vale no futebol é bola na rede! E o Paraguai soube fazer isso e conquistar seus três pontos na luta pelas vagas da próxima Copa do Mundo. O famoso locutor da Globo, conhecidos pelas pérolas que cria com seus comentários, dizia a todo momento que o “Brasil não pode jogar como time pequeno, ficar acuado esperando o Paraguai atacar…” E o Paraguai atacou, empurrado pela sua torcida e conseguiu marcar dois gols em uma seleção apática, sem brilho, que no segundo tempo resolveu jogar ofensivamente. Mas já era tarde.<br /><br />Acredito que a nossa seleção e também a dos Hermanos estão passando por um ataque de soberba: “somos os melhores e as outras seleções dos países da América Latina não são páreo para nós”. A Argentina penou para empatar com o Equador ontem, marcando seu gol redentor já na prorrogação do segundo tempo.<br /><br />Dunga teve a sua era quando ainda defendia a seleção dentro das quatro linhas . Agora tenta se firmar como técnico mas pelo jeito que as coisas andam, logo o seu reinado fora de campo será esquecido. Os milhões de técnicos que habitam o Brasil não irão perdoar mais uma derrota e já estão sacando suas escalações que vão fazer o Brasil voltar aos tempos de glória, com os lances geniais mas, sobretudo, com bola na rede, com gols, muitos gols.<br /><br />Na quarta-feira teremos as duas maiores seleções do mundo se enfrentando. As duas muito aquém do brilho de outros tempos. O Brasil vindo de duas derrotas e a Argentina de dois empates. Teremos o apoio de nossa torcida, enchendo o estádio do Mineirão e estaremos torcendo para que, pelo menos, não sejamos derrotados pelos nossos arquirivais.<br /><br />Um fracasso contra a Argentina em pleno Mineirão com certeza irá desencadear uma crise sem precedentes na CBF. Já ouvi até comentários de que a ida do Felipão para o Chelsea é apenas uma ponte para que ele volte a comandar a seleção canarinho novamente, colocando um ponto final na “Era Dunga” fora dos gramados.<br /><br /></span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-74594432702838083382008-06-15T18:14:00.005-03:002008-12-09T04:06:31.426-02:00MATT COSTA<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKDBmNh3QY5So5lJSq1AxDhcyg3PnbcintOm1ZdkOKHUR7P2jtExL4CWkNAFqiIY_fUKSu7afHr4v5XIwPmvfZ9wPUE6BEt5vtraw7fZpp_qx5CblM164CDE5c6xdVzbbFEnpUGk_rmFA/s1600-h/MattCosta.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKDBmNh3QY5So5lJSq1AxDhcyg3PnbcintOm1ZdkOKHUR7P2jtExL4CWkNAFqiIY_fUKSu7afHr4v5XIwPmvfZ9wPUE6BEt5vtraw7fZpp_qx5CblM164CDE5c6xdVzbbFEnpUGk_rmFA/s320/MattCosta.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212482550716946306" border="0" /></a><br /><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:130%;" >Unfamiliars Faces é o novo disco do Matt Costa que andei ouvindo esses dias. O som desse ex-skatista californiano, na linha dos singers-songwriters como Josh Rouse e Jesse Harris, é bem feito, alegre, mas bem diferente desses dois. Josh Rouse tem umas levadas meio a U2, sem muita inventividade. Já Jesse Herris é mais criativo, sofisticado, não tão previsível em seus arranjos e melodias. Matt Costa está mais para aquela música-chiclete, que gruda nos ouvidos, com arranjos mais pasteurisados, ou seja, é um pouco mais “pop”. Mas não deixa de ser um som interessante, afinal não há mal nenhum em ser”pop”. Trying to Lose My Mind é uma bela canção. Emergency call, também. A música título do disco é mais romântica, com uma bela melodia. Mr. Pitiful abusa do piano mas é bem pra cima e consegue nos alegrar enquanto estamos esperando o trânsito de Sampa andar meio metro para parar logo em seguida.<br /></span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-21398799376132635482008-06-12T17:32:00.006-03:002008-12-09T04:06:31.601-02:00A hora e a vez da Biomimética<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg84knghGz4Dn29LV5XBwcRbcQPS8-9kYYJAUt-aht49gAx1l0nqgPPMzP1glaoaFae2hvyx2cIqbET-wxE7ood3Z3B4w-88Oxrsa3ePCsr07JSI-piPzJ5wpH3kctxKBB-mNRdy_h_jZY/s1600-h/Picture+1.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 170px; height: 225px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg84knghGz4Dn29LV5XBwcRbcQPS8-9kYYJAUt-aht49gAx1l0nqgPPMzP1glaoaFae2hvyx2cIqbET-wxE7ood3Z3B4w-88Oxrsa3ePCsr07JSI-piPzJ5wpH3kctxKBB-mNRdy_h_jZY/s200/Picture+1.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211095968805628546" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:arial;">O nome é bonito. Mas vai muito além disso. A cada dia que passa, estamos mais e mais ‘encrencados” com os desmandos que fazemos na natureza. Um planeta em desequilíbrio é como uma bomba-relógio que pode explodir a qualquer momento. E isso não é papo de ecochato, é a pura realidade.<br /><br />Recentemente li o livro <span style="font-style: italic; font-weight: bold; color: rgb(255, 204, 51);">Biomimética – Inovação Inspirada pela Natureza</span>, de Janine M. Benyus e descobri que ainda há solução, que nós seres pensantes podemos conviver em harmonia com o planeta Terra. No livro, a autora mostra que a natureza oferece infinitos exemplos de como revolucionar os produtos que consumimos, os nossos processos e a nossa vida. Mostra como a biomimética poderá transformar nossas descobertas em todos os campos da inventividade humana - informática, medicina, produção e distribuição de energia, economia e negócios, e a alimentação do planeta como um todo.<br /><br />A biomimética é uma área da ciência que estuda as estruturas biológicas e suas funções, procurando aprender com a natureza e utilizar esse conhecimento em diferentes domínios da ciência. As palavras gregas <span style="font-style: italic; font-weight: bold; color: rgb(255, 204, 51);">Bios</span> e <span style="font-style: italic; font-weight: bold; color: rgb(255, 204, 51);">Mimesis</span> significam respectivamente <span style="font-weight: bold; font-style: italic; color: rgb(255, 204, 51);">Vida</span> e <span style="font-style: italic; font-weight: bold; color: rgb(255, 204, 51);">Imitação</span>, ou seja, a biomimética é a imitação da vida.<br /><br />Na natureza existem milhões de espécies das quais menos de dois milhões estão catalogadas até agora. Isto representa uma gigantesca base de dados de soluções inspiradas em sistemas biológicos para a resolução de problemas de engenharia e de outros campos da tecnologia. Imagine que a natureza vem aperfeiçoado seus processos há bilhões de anos, testando exaustivamente o que funciona e o que não funciona, fornecendo modelos perfeitos de inspiração e de imitação. Muitas das melhores invenções foram copiadas de outros seres vivos. A biomimética procura estimular novas idéias para produzir sistemas sintéticos similares aos encontrados nos sistemas biológicos.<br /><br />Segundo o cientista Stephen Wainwright "a biomimética ultrapassará a biologia molecular e a substituirá como a mais desafiadora e importante ciência biológica do Século XXI". Mehmet Sarikaya, professor e cientista afirma que "Estamos no limiar de uma revolução de materiais equivalente à que houve na Idade do Ferro e na Revolução Industrial. Estamos entrando rapidamente numa nova era de materiais. Penso que, dentro de um século, a biomimética modificará significativamente o nosso modo de vida."<br /><br />As aplicações são inúmeras: o estudo de plantas perenes que crescem em total equilíbrio com o ecossistema, dispensando adubos e pesticidas para controle de pragas e não enfraquecendo o solo; a estrutura ultra resistente encontrada na concha de moluscos como o Abalone, que são muitas vezes mais resistentes que o Kevlar e podem ser usados na fabricação de coletes e estruturas para armamentos; a fotossíntese realizada pelas plantas, transformando energia luminosa em energia química e glicose; a seda da teia das aranhas que é cinco vezes mais resistente que o aço; as plantas com propriedades medicinais que ainda desconhecemos; as estruturas do cérebro humano que processam comandos múltiplos e não seqüenciais como os nossos atuais computadores; e uma infinidade de aplicações que podemos aprender e desenvolver observando este imenso banco de informações que sempre esteve a nossa disposição. Hoje, nossos cientistas já estão atingindo o grau de conhecimento necessário para tentar desvendar estes grandes mistérios da natureza e desenvolver soluções que não agridam o meio ambiente e tragam melhoria da qualidade de vida.<br /><br />Se calcularmos a idade da Terra em um dia, veremos que o Homem está aqui há apenas 5 minutos e seria muita pretensão achar que pode fazer o que bem entende e não pagar por isso. Muitas outras espécies já passaram pela seleção natural e desapareceram. O que devemos fazer é buscar em toda a sabedoria da natureza o caminho para o equilíbrio sustentável.<br /><br /></span></span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-46176057616598335862008-06-11T12:16:00.010-03:002008-12-09T04:06:31.963-02:00Earth, Wind & Fire<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDHWvc3lg59YA3D_Gfj7tS31F-AFUgzXKnUnpBoFA2__AZcw-rRJl_ftgBzdvVZmdOhZmRniC7Jg42zrlRaVGbuAEj29gCQUlEyRRXqDUNS8q4237fMm-eyQhxXf42QAKngBxfoOaxe2c/s1600-h/Picture+5.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDHWvc3lg59YA3D_Gfj7tS31F-AFUgzXKnUnpBoFA2__AZcw-rRJl_ftgBzdvVZmdOhZmRniC7Jg42zrlRaVGbuAEj29gCQUlEyRRXqDUNS8q4237fMm-eyQhxXf42QAKngBxfoOaxe2c/s200/Picture+5.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5210647189054092498" border="0" /></a><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:arial;">Nestes eventos que geralmente costumamos freqüentar no mercado publicitário, ganhamos os sempre bem-vindos brindes, muitos deles ligados à música. Recentemente, fui agraciado com uma linda caixa da MTV com a coleção de acústicos dela, de Paulinho da Viola a Marcelo D2. Ainda não vi nenhum, mas está no escaninho, esperando a vez.<br /><br />No último evento que a Malu participou, o Mídia Master, entre os “presentes” recebidos havia uma caixa com três DVDs: Marvin Gaye, Joe Coker e Earth, Wind & Fire, todos dos shows realizados ao vivo no festival de Montreaux.. No último sábado, um final de dia morno em Sampa, resolvi pegar o DVD do Earth, Wind & Fire, do primeiro show deles e</span></span><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:arial;">m 97 para assistir.<br /><br />Confesso que me surpreendi. Uma banda muito afinada e músicas contagiantes que me fizeram voltar um par de anos. Aliás, uma super banda, com tudo que tinha direito: naipes de metais, percussões, baterias, teclados, baixo, guitarras, o vocal em falsete do Philip Bailey e as exuberantes dançarinas Dee Dee Weathers e Kayusha Simpson. E, é claro, talento, muito. Isso me leva a concluir que talento sempre atrai talento, uma lei que parece imutável.<br /></span></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsUaAtp0OhhoW8fxskThJ5L2JwIxbVMJM8F-0RrLfyyu3jgukP5pYERMcCyQxTu77JC3jpydRr5bgKt3DnqG8TuwqWGAcaKm0zxp8mRylQBLkVsr84rh_we1WC3ULS-NBUeXHhO9rUIJg/s1600-h/Picture+1.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsUaAtp0OhhoW8fxskThJ5L2JwIxbVMJM8F-0RrLfyyu3jgukP5pYERMcCyQxTu77JC3jpydRr5bgKt3DnqG8TuwqWGAcaKm0zxp8mRylQBLkVsr84rh_we1WC3ULS-NBUeXHhO9rUIJg/s200/Picture+1.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5210647279248405730" border="0" /></a><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:arial;">As performa</span></span><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:arial;">nces individuais dos músicos, aquela famosa “canja” onde o </span></span><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:arial;">instrumentista mostra a que veio, é um show à parte. A apresentação de Sonny Emory na batera com o percussionista David Romero é realmente impressionante. Verdine White também é um show à parte. Com seu corpo esguio, roupas e jeito esquisitos, não consegue ficar parado um minuto, dançando e suingando seu baixo com uma alegria de quem está fazendo exatamente o que gosta. E muito bem, por sinal. Sua energia é tamanha, que acredito que se participasse de uma apresentação de Canto Gregoriano não seria possível fazer com que ficasse parado.<br /><br />R&B, Funk, Disco Music e Soul, estava tudo lá: os grandes clássicos como Saturday Night, September, Let’s Grove, Fantasy, Devotion, After The Lovo Is Gone, Shining Star, Can’t Hide Love e Boogie Wonderland.<br /><br />A banda, fundada por Maurice White em 1969 teve uma trajetória de sucesso indiscutível, passando por várias formações, sempre com músicos de primeira linha. Maurice teve que se afastar dos palcos por causa da doença de Parkinson, mas continua gravando e produzindo a banda. Em toda a carreira, o Earth Wind & Fire vendeu mais de 80 milhões de discos, ganhou 40 Music American Awards, 7 Grammys, além de 22 indicações ao mesmo prêmio.<br /><br />Agora, quero ver o que me aguarda nos outros dois DVS, Marvin Gaye e Joe Coker, ao vivo em Montreaux. Quando assistir, passo as minhas impressões.<br /></span></span><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:arial;"><br /><span style="font-size:85%;">Ficha Técnica:<br /><br />Philip BAILEY (lead vocal, percussão)<br />Sheldon REYNOLDS (lead vocal, guitarra)<br />Verdine WHITE (baixo)<br />Ralph JOHNSON (vocal, percussão)<br />Sonny EMORY (bateria)<br />Morris PLEASURE (teclados, direção musical)<br />Mike McKNIGHT (teclados)<br />David ROMERO (percussão)<br />B. David WHITHWORTH (vocal, percussão)<br />Gary BIAS (sax)<br />Ray BROWN (trombone)<br />Reggie YOUNG (trumpete)<br />Dee Dee WEATHERS (dançarina)<br />Kayusha SIMPSON (dançarina)</span><br /><br /><br /></span></span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-620460850939250527.post-86523291926952232712008-06-06T17:49:00.000-03:002008-06-06T17:53:15.872-03:00A coceira<span style="font-family:arial;">A coceira é algo que dá para nos lembrar que estamos vivos. Toda vez que cutucamos um braço, a cabeça, as costas, uma perna e, no caso dos homens, o escroto, sentimos a prazeirosa sensação de que estamos vivos.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Coçar é agradável, estimulante, coçar sacia, coçar instiga, realiza. Após uma longa coçada você se sente totalmente satisfeito, se livra daquele comichão que é quase impulsivo, não dá para resistir. Algumas vezes você até tenta resistir a não se coçar, mas é uma tarefa árdua, difícil, pois é como um desejo incontrolável que vem e toma conta do seu ser. </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">No plano físico basta uma coçadinha para resolver o problema. Mas quando a coceira se dá no plano metafísico, aí a coisa complica um pouco. Algumas pessoas não se dão conta disso, mas é aí que o bicho pega. </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Tem dias que você acorda com uma coisa te incomodando, você não sabe o que é, olha tudo de maneira diferente, uma visão mais critica talvez, ou mais detalhada, mas o que é inegável é que alguma coisa mudou. Aí você procura a resposta: será que eu comi algo que me fez mal? Dormi mal à noite? Aquela reunião me azedou? O meu trabalho não me satisfaz mais? Minhas relações estão deterioradas? O trânsito está me deixando estressado?</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Então vem aquela constatação - que muitas vezes não é nem um pouco clara – de que você na realidade está com uma tremenda coceira na alma. </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Esse tipo de coceira não tem mão que alcance. Você tem que cuidar dela de outra forma, se concentrar, perceber a sua amplitude e ver qual é a melhor forma de atacá-la. </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Por coincidência ela também é algo que só dá para lembrar que estamos vivos. Vivos de espírito, vivos intelectualmente, vivos em nossa essência. Vivos para questionar nossas posturas, nossos anseios, nossas escolhas.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Por isso, quando você tiver aquele comichão na alma, lembre-se que você está sendo atacado por algo benéfico, que nos tira da zona de conforto e faz com que procuremos uma maneira de “se coçar” para que as coisas mudem de rumo e aconteçam. Aí sim, ficamos saciados, acalmando a nossa alma. Até a próxima coceira…</span>BLOG DO FELICIOhttp://www.blogger.com/profile/15865749232034767949noreply@blogger.com1